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Aramis

32 anos depois, Cole segundo Peterson ainda é um clássico

Mais uma preciosa soma a crescente discografia que o centenário de nascimento de Cole Porter (Peru, Indiana, 9/6/1891 - Santa Mônica, Callifórnia, 15/10/64) está justificando: e edição em CD do excelente "Oscar Peterson plays the Cole Porter song book" (Verve/Polygram). Após o indispensável Ella Fitzgerald sings Cole Porter - álbum triplo, lançado no ano passado - temos esta cuidadosa produção de Norman Granz, realizada há 32 anos - e que continua perfeita. São 12 standards de Porter, com toda sua categoria, registradas no Universal Studios, em Chicago, em apenas quatro sessões, entre os dias 21 de julho a 1º de agosto de 1959. Com a genialidade que Deus lhe deu, o canadense Oscar Emmanuel Peterson, então com 34 anos, acompanhado de seus inseparáveis Ray Brown (New Orleans, 1925 - 1981) no baixo e Ed Tighpen, na bateria, desenvolveu com o seu estilo único aquelas jóias que é mestre Porter - o mais sofisticado dos cinco grandes autores americanos - sabia fazer: "In the Still of the Night", "Love for Sale", "Every Time We Wey Goodbye", "Night and Day", "I Love Paris", "I Concentrate on You", "Easy to Love", etc. Três décadas depois, um disco que continua a ser o que sempre foi: perfeito. E agora a perfeição da reprodução em CD. xxx Também gravado há bastante tempo - 5 de novembro de 1971 - em Berlim, "Giant of Jazz" (Emarcy/Polygram) ganha agora, em sua edição em CD, uma dimensão especial. Também nunca mais se reuniria uma seleção como aquela que há exatamente 20 anos o produtor George Wein conseguiu por no palco de uma das mais memoráveis noites do Berlim "Jazz Festiva": Dizzy Gillespie no pistão, Sonny Stitt (1924-1982) no sax-alto e tenor, Kai Winding (1922-1982), Thelonicus Monk (1917-1982) no piano, Al McKibon no baixo e Art Blakey (1919-1990) na bateria. Realmente, Gigantes do Jazz incomparáveis, que deixaram, naquele momento, registro único de clássicos como "Blue's Boogie", "Round Midnight", "Tour de Force", "Lover Han", "Ti Deo", "Everything Happens To He" e "A Night In Tunisia" - que dispensam maiores comentários. A não ser a dica: entre tantos CDs, este é um dos (poucos) que vale o que custa.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Música
4
27/10/1991

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