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Aramis

17 países mostram o que há de novo para o cinema

Como na maioria dos festivais de chamada classe A - isto é, os que tem apenas filmes inéditos, recém-produzidos, em competição - de princípio, há ainda pouca informação sobre os longas e curtas que estarão disputando as premiações. Há muitos filmes de realizadores jovens ou vindo de países cuja cinematografia ainda são desconhecidas entre nós. Pouco a pouco, porém, com a projeção dos filmes e a grande cobertura que recebem se descobrem novos talentos e também, naturalmente, as frustrações, muitas vezes de nomes até conhecidos. Neste VI FestRio-Fortaleza, entre os 19 longas que representam 16 países (Brasil, França e Inglaterra concorrem com dois longas), em termos de diretores conhecidos por obras anteriores, que chegaram ao Brasil em lançamentos comerciais, o mais famoso é Damiano Damiani, 67 anos, que desde "O Batom" (1960) já teve mais de uma dezena de filmes aqui lançados ("A Feiticeira do Amor", "O Dia da Coruja", "Confissões de um Comissário de Polícia a um Procurador da República", "Trinity e seus Companheiros" etc) e que é o realizador de "Giocco Al Massacro", representante da Itália. Dos cineastas mais badalados nesta década, o inglês Peter Greenway, diretor de "A Barriga do Arquiteto" (já lançado em vídeo) e "Afogando em Números" (exibido nas mostra informativa do FestRio-88, agora chegando ao circuito comercial - já programado para o cine Ritz), é o que vem precedido com maiores elogios: seu "O Cozinheiro, O Ladrão, Sua mulher e Seu Amante" - apresentado numa mostra paralela no último festival de Veneza - concorre oficialmente pela Holanda, pois embora Greenway seja inglês, a produção teve participação majoritária daquele país. De Greenway, será apresentado na mostra informativa de vídeo, um de seus trabalhos mais recentes - "A TV Danta" (em duas partes). xxx A competição oficial, em longas e curtas, terá os seguintes filmes, em exibição a partir de sexta-feira. Dia 24: "La Luna Negra", de Imanol Uribe (Espanha); "Mr. Huniverse", de Georgy Szomjas (Hungria) e "Que bom te ver viva" de Lúcia Murat (Brasil). Curtas: "Futebol é pra Macho", de Jan Svamkmajer (Checoslováquia) e "Ouro Velho", de Adela Peeve (Bulgária). Dia 25, sábado: "O Processo do Rei", Portugal, de João Mário Grilo; "Cypayos", Argentina, de Jorge Conscia e "Prokleti Domu Hanju" ("Tio Cril"), Checoslováquia, de Jiri Svoboda. Curtas: "Obataleo", Cuba, de Humberto Solas; "Amigo de Fé", Brasil, de Bia Werneck e "Energie d'une Passion", de Christian de Cortanze, França. Dia 26, domingo: "Tolerance", França, de Pierre-Henry Salfatti; "Mulher Escorpião" (Die Skorpionfrau), Áustria, de Susanne Zanke. Curtas: "Le Porte-Plume", França, de Marie Christine Perrodim e "A Porta Aberta", Brasil, de Aluízio Abranches. Dia 27, segunda-feira: "Lola", México, de Maria Novaro e "Pele de Urso" (Bearskin, am urban Fairytale), de Ann e Eduardo Guedes, Inglaterra. Curtas: "Cherti ot Zhivota na Lesnicheia Popov" ("A Floresta de Popov"), Bulgária, de Andrej Kelev e "Happy Birthday", Alemanha Oriental de Horst Schier. Dia 28, terça-feira: "Venir ao Mundo" ("Vir ao Mundo"), Cuba, de Miguel Torres e "The Cook, The Thief, His Wife and Her Lover", Holanda, de Peter Greenway. Curta: "The Chorus" ("Vovô Surdinho"), Irã, de Abbas Kia Rostam. Dia 29, quarta-feira: "Minas-Texas", Brasil, de Carlos Alberto Prates e "Manika, Une Vie Plus Tarde" (Manika, Uma Vida no Além"), de François Villiers. Curtas: "Le Colporteur" ("O Camelo"), Canadá, de Claude Cloutier e "Mama", Espanha, de Pablo Berger (este já visto em Curitiba, no rastolho da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, projetado no dia 13/11, no cine Ritz). Dia 30, quinta-feira: "Território Ocupado" (Sadot Ireukim), Israel, de Isaac Zepel Yeshurun e "Na Lista Negra" (Fellow Trveller), Inglaterra, de Philipe Saville. Curtas: "Curva do Calombo" (Blind Curve), EUA, de Gary Markowitz e "Dov é Meneghetti", Brasil, de Beto Brant. Dia 1º de dezembro, sexta-feira: "Giocco al Massacro", Itália, de Damiano Damiani e "Em Busca do Amor Perdido"(Sons), EUA, de Alexander Rockwell; "Erro Fatal" (Rokovarya Oshibka), URSS, de Nikita Hubov. Curta-metragem: "Trancado (por dentro)", Brasil, de Arthur Fontes.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
3
22/11/1989

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