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Nelson Pereira dos Santos

"O Saci", um brasileiríssimo personagem, retorna em vídeo

Assim como na música há autores que se consagram com apenas uma música - e praticamente nada mais compõe depois (exemplo, Alberto Helena com "Helena, Helena", 1967), no cinema também há diretores que entram na história com apenas um filme. É o caso do paulista Rodolfo Nanni, 68 anos, citado em obras referenciais do nosso cinema por seu brasileiríssimo "O Saci", realizado há 40 anos. Apesar de ter feito um segundo longa-metragem ("Cordélia Brasil", 1971), baseado na peça de Antônio Bivar, que teve problemas com a censura), é "O Saci" que lembra ao seu nome.

As histórias de guerra que Helena Salem viveu

Dentro do jornalismo cultural, Helena Salem é uma das profissionais de maior destaque. Dedicando-se a área cinematográfica, não se limitou ao exercício crítico e a cobertura de festivais nacionais e no Exterior, mergulhando em projetos maiores - como um magnífico livro sobre Nelson Pereira dos Santos e um trabalho de pesquisa para a série de TV sobre o Cinema Nacional, dirigida por Walter Salles Jr., para a Rede Manchete e que resultou num belíssimo livro.

A força do 16mm em curtas e nos médias biográficos

Dos quatro médias-metragens que disputarão a premiação em Gramado, três foram rodados em 16mm, o que comprova que esta bitola continua a ser uma opção para projetos de cunho mais cultural - como é o caso dos médias. Afinal, se as possibilidades de exibição dos curtas no circuito comercial são reduzidas - apesar da chamada "lei da obrigatoriedade" que há dois anos não é fiscalizada (e que continua a justificar debates, reuniões e manifestos dos interessados), aos médias-metragens as chances de chegarem aos espectadores ainda são mais reduzidas.

O documentarista que mostra o Brasil real

Com uma formação múltipla - cineasta, fotógrafo, pintor, arquiteto e economista Octávio (José Nogueira) Bezerra (Cavalcanti), embora nascido no Rio de Janeiro, descende de uma família tradicional de Pernambuco. Em 1967, estreava como ator em "El Justiceiro" que Nelson Pereira dos Santos realizou baseado no romance de João Bethencourt e desde então não parou de trabalhar em cinema: fotógrafo, montador, produtor etc.

Jornada da Bahia renasce com a maior importância

Salvador - Após dois anos de interrupção, o retorno da Jornada Internacional de Cinema da Bahia, em sua XVIII edição que inicia hoje, é o evento culturalmente mais importante para o cinema no Brasil. Um festival sem estrelas, mordomias e badalações sociais, aos circuitos comerciais é, entretanto, um acontecimento respeitado internacionalmente, o que se reflete no número expressivo de realizadores de vários países - especialmente do Terceiro Mundo - que desde 1971 vem prestigiando esta mostra baiana.

Uma jornada de imagens tão amargas quanto a realidade

Salvador - Visitando um bar do "Pelourinho", na parte mais antiga desta cidade, a cineasta e atriz Eliana Fonseca, 30 anos, realizadora de curtas como "Frankenstein Punk" e "A Revolta dos Carnudos" - este inédito e que teve uma única exibição, em copia de vídeo, paralela, durante a XVIII Jornada Internacional de Cinema da Bahia - encerrada na noite de ontem - animou-se com o ritmo e começou a dançar. Sentiu a aproximação de um jovem que, logo lhe surrupiava Cr$ 3 mil que tinha.

Um cinema consciente para que exista um mundo melhor

Salvador - Dividido em mais de uma dezena de acontecimentos paralelos - desde uma nostálgica mostra retrospectiva que trouxe ao sexagenário Cine Tamoio (ex-Glória, um dos mais antigos do Nordeste), filmes como "O Circo" (1938), de Chaplin, "O Morro dos Ventos Uivantes" (1939), de William Wyller, "Vidas Secas" (1963), de Nelson Pereira dos Santos e "Meteorango Kid, Herói Intergaláctico", do baiano André Luiz Oliveira (1969, praticamente nunca lançado comercialmente no Brasil) - até uma oficina de restauração de filmes e vídeos orientada por Francisco Moreira, da Cinemateca do MAM/RJ, es

Artigo em 05.07.1991

1) Na sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, na noite de terça-feira, solenemente como tudo que havia sido planejado, a sessão de abertura com uma cópia restaurada de "Limite", em comemoração aos 60 anos do filme de Mário Peixoto - com direito a um belíssimo acompanhamento da Sinfônica do TNCS, com regência do maestro Sílvio Barbato. Presença do governador Joaquim Roriz - que garantiu os Cr$ 190 milhões para esta 24a.
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