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Aramis

Viaro ganha o seu museu em um mês

Mais de cinqüenta homens estão trabalhando diuturnamente numa obra relâmpago: transformar o que restou do antigo edifício que pertencia ao Ministério da Aeronáutica, na esquina das ruas São Francisco com o início da Estrutural Sul (Avenida Barão do Serro Azul) em mais um centro cultural da cidade: o Museu Guido Viaro. O prefeito Jaime Lerner, no rush final de inaugurações neste crepúsculo de seu poder municipal, decidiu, a última hora, dar mais esta unidade de informação cultural para Curitiba. O arquiteto Julio Pechmann, nem bem retornou de suas férias em Gstaad, na Suíça, teve que trabalhar três noites em seguida para adaptar o projeto que havia feito originalmente para aquele local: um sofisticado drug-store, que reuniria um cinema de arte, dois restaurantes, choparia, livraria, discoteca e loja de artesanato. O custo da obra seria grande, de forma que o projeto, concluído há mais de um ano, acabou sendo abandonado. xxx A primeira idéia era aproveitar para sede do Museu Guido Viaro a própria residência do inesquecível pintor, na Avenida 7 de Setembro, 5656. Uma ampla casa, construída por Guido Viaro (1899-1971) em 1935, seria utilizada não apenas para uma mostra permanente do acervo que deixou - mais de 400 óleos e cerca de 600 desenhos e gravuras - mas também para o funcionamento de uma biblioteca de arte, que atenderia àquela zona da cidade. A casa seria alugada ao município e as obras de arte ali permaneceriam em comodato. xxx Embora o advogado Constantino Baptista Viaro, 37 anos, filho único do pintor, tenha deixado há uma semana aquela casa - já que construiu uma nova resid^~encia na Rua Rafael Papa - o projeto foi abandonado. Assim, após reformas, a propriedade, será alugada para escritório de alguma firma interessada em se fixar fora do centro. xxx O prédio do Ministério da Aeronáutica localizado na Rua São Francisco era usado como residência de oficiais da EOEIG. Desapropriado pelo município, seria demolido inteiramente para a abertura da Estrutural, em seu primeiro trecho, mas, felizmente, prevaleceu o bom senso e percebeu-se que não havia necessidade de destruir todo o edifício. Agora, após quase dois anos do prédio abrigar ratos, cobras e indigentes nas madrugadas - está sendo reformado, para, em duas semanas, ser um novo centro cultural. Aliás, o prefeito já marcou até a data de inauguração: 13 de março. LEGENDA : Guido Viaro
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
4
26/02/1975

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