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Aramis

Uma Mulher - Teca, o seu mundo em seus desenhos

Há alguns anos, quando a advogada Eny Carbonar dirigia a Penitenciária Feminina, em Piraquara, uma de suas melhores idéias foi a de levar artistas plásticas para desenvolverem trabalhos com as internas. Entre as que mais colaboraram neste projeto estava uma jovem desenhista e pintora, Estela Carmen Pereira Sandrini, que, com muita ternura e sensibilidade, ali se dedicou a transmitir às deserdadas da sorte aquilo que Deus lhe deu: uma grande capacidade para as artes. Filha de um dos jornalistas que marcaram época no Paraná - José Eduardo Ericksen Pereira (aliás, o primeiro diretor-de-redação de O Estado do Paraná, há quase 40 anos passados), sobrinha do ex-governador Ney Braga, Estela Carmen - ou a Teca, é daquelas criaturas que parece sempre estar de bem com a vida: risonha, simpática, enfrenta cada dissabor com uma renovada disposição e busca sempre o lado bom das coisas. Formada em 1967 pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná, tendo aprendido muito com o mestre Guido Viaro (cujo atelier frequentamos em seus verdes anos de adolescentes, entre 1962/63), aproveitou o período em que residiu em Buenos Aires - quando seu marido, o médico Rômulo Sandrini, ali se especializava em endocrinologia - para estudar com o escultor Juan Carlo Labourdette. De volta a Curitiba, mantendo sempre grande atividade, Teca vem construindo uma bonita carreira: meia dúzia de individuais e inúmeras participações em coletivas que não ficam apenas no Brasil mas também tem percorrido vários países. Algumas premiações significativas - como no IX Salão de Artes para Novos, há 21 anos, no 40º Salão Paranaense de Belas Artes e, no ano passado no Salão de Arte de Goiânia. Agora, Teca está expondo na galeria de arte Banestado, em Londrina, trabalhos que, como diz o animador cultural Ennio Marques Ferreira refletem "O exercício paciente e continuado, um conteúdo temático denso e criativo na busca de soluções gráficas muito pessoais". Casada, dois filhos, mulher preocupada em estar sempre bem informada - fã do bom cinema de arte e da boa literatura - Teca, aos 42 anos, é uma artista em crescimento. Tem muito ainda a mostrar de sua arte para o Brasil.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
13
29/10/1986

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