Um exercício silencioso
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 15 de março de 1977
Inesperadamente, sem preocupar-se em fazer qualquer divulgação, José Maria Santos estreou na sexta-feira, na Escola Técnica Federal do Paraná, a peça "O Exercício" de Lewis John Carlino, que produz e interpreta ao lado da melhor atriz de nosso teatro - a veterana Lala Schneider, com direção de Eddy Antonio Franciose. A temporada, se estendeu até domingo e foi apenas para
testar o espetáculo: como Zé Maria é professor na ETFP, teve um público certo.
Agora vai ao Interior, retornando dia 13 de abril para uma temporada regular no auditório Salvador da Ferrante.
Mais de mil espectadores já assistiram "Arapuca" de Maurício Távora, estreado na sexta-feira no auditório Salvador de Ferrante, com temporada prevista até o dia 3 de abril. A chilena-gaúcha Lota Moncada além de co-produzir o espetáculo, acumulou a direção e interpretação. Para seu companheiro, José Plínio, ficou o difícil papel de Tatuira, enquanto que Joel de Oliveira está sendo cumprimentadíssimo pela criação do personagem Feijó, um bancário neurótico que decide conservar em prisão domiciliar o infeliz ladrão que tentou roubar sua residência. O público diverte-se bastante, embora o texto de Maurício tenha um aprofundamento psicológico.
E uma prova de que o público está afinal prestigiando as produções locais, a temporada de "Orquestra de Senhoritas" (Teatro do Paiol, até o final do mês) também está tendo sucesso. Roberto Menghine conseguiu boas interpretações de Celso Filho (também responsável pelos cenários e figurinos) e Lúcio Weber, o Gabiroba, Celso Filho, que estréia agora em palco, na cidade, é uma experiente artista, com longas circuladas na África portuguesa, na década de 50.
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