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Aramis

Observatório

PARA quem não saiu de férias – ou seja, pelo menos 90% da população que continua a trabalhar normalmente – os meses de janeiro e fevereiro significam noites domésticas. Afinal, os cinemas estão com os programas de sucesso, garantindo semanas ininterruptas dos filmes estreados no final do ano passado e os teatros estão paralisados – numa política que anualmente merece críticas.
Surpreendentemente, na sexta-feira, apareceu um carioca, Vicente Armando, anuncando que na terça-feira, 12, estréia no auditório Salvador de Ferrante, uma peça. E ora viva. Na cabeça do elenco, um nome de relativo prestígio  - ítalo Rossi, que também é o diretor. A peça chama-se “As Tias” e é uma comédia da dupla Doc Comparato e Aguinaldo Silva, que permaneceu nove meses em cartaz no Teatro da Lagoa, no Rio, com bom público. No elenco  estão também Ivam Cândido, Roberto Lopes, Marcos Toledo, José Maria Monteiro e uma única mulher – Yone Catramby. A peça ficará uma semana no Guairá e na falta de outra opção, é possível que tenha bom público.
 
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Falando em teatro , indispensável registrar aos que curtem a obra de Bertold Brecht, o aparecimento de um livro  a respeito  do mais importante dramaturgo deste século: “Brecht – uma introdução ao teatro dialético” de Fernando Peixoto (Paz e Terra, 218 páginas, Cr$ 740,00). Ator e diretor, integrante do histórico grupo Oficina. Peixoto tem, em sua numerosa obra, uma biografia crítica de Brecht, lançada pela mesma Paz e Terra, há 6 anos, na coleção “Vida e Obra”, para a qual também preparou volumes a respeito de Maikovski e Sade. Desta vez, Peixoto aprofunda a reflexão crítica sobre o significado e a permanente vigência de um projeto cultural e político revolucionário que continua como desafio lúcido e estimulante. Assim “Brecht – uma introdução ao teatro dialético” é a leitura crítica de um dos mais expressivos e fascinantes textos teóricos do poeta e dramaturgo alemão, “Der Messingkauf”. Uma penetrante análise de suas idéias e propostas. Realizada com o objetivo de incentivar a discussão sobre os vários caminhos e inesgotáveis possibilidades do teatro brasileiro em sua busca de identidade e eficácia. Um estudo que procura questionar historicamente a função

Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
7
10/01/1982

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