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Aramis

Mais um teatro para Curitiba (o de Zé Maria)

Três anos depois da inauguração do Teatro do Paiol (27.12.71) e quando, finalmente, após 24 anos se conclui o auditório Bento Munhoz da Rocha [Netto] que com 2.300 lugares será o maior do Brasil e o segundo da América do Sul (o Colon, em Buenos Aires, com 2.500 lugares continua liderando), Curitiba poderá ter ainda este ano ou no máximo nos primeiros meses de 1975, uma nova casa de espetáculos. Um dos mais honestos, criativos e profissionais homens do teatro José Maria Santos, 40 anos, 20 de teatro está trabalhando para transformar um grande galpão no bairro do Batel no primeiro teatro particular de Curitiba. xxx De propriedade de sua [família], uma área de mais de mil metros quadrados na Rua Guttemberg, 59 onde se encontra uma construção em madeira de 240 metros quadrados se presta com, pequenas reformas, a uma casa de espetáculos em moldes simples como acontece na maioria dos teatros da Guanabara e São Paulo, improvisado em imóveis que, originalmente não tinham tais destinações. Ocupado até há pouco por oficina [mecânica], o galpão motivou a Zé Maria para um novo aproveitamento quando o usou para os ensaios da comédia Marido, Matriz & Filial de Sergio Jockyman, ao lado das atrizes Esmeralda Silveira e Helenice Camargo, com o qual está percorrendo o Interior (já fez seis apresentações e tem uma agenda comprometida até o final do ano). Investindo as economias conseguidas em seus últimos anos de profissionalismo e se houver a mínima boa vontade do Estado e, principalmente da Prefeitura Zé Maria poderá ter em breve o seu [próprio] teatro uma nova opção para este difícil e competitivo setor de entretenimento. xxx Como o teatro de Bolso (Praça Ruy Barbosa) tem seus dias contados, aliás com raras exceções, a caveira de burro ali enterrada fez fracassarem as mais bem intencionadas tentativas [artísticas] e os outros auditórios pertencem a entidades oficiais (Universidade Federal do Paraná, Fundação Teatro [Guaíra], Fundação Cultural etc.) Curitiba necessita um teatro particular, com uma orientação [flexível] e que amplie o nosso ainda restrito mercado artístico. Embora, evidentemente seja um setor custoso, pouco lucrativo e que só mesmo pessoas idealistas e bem intencionadas como José Maria Santos podem se propor. Por enquanto, o produtor ator só tem o imóvel na mão e uma idéia na cabeça. O que a Guanabara seria o suficiente. Em Curitiba, ainda não! LEGENDA FOTO: Zé Maria
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
6
23/10/1974

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