Gente
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de janeiro de 1973
Se a televisão passou a disputar com o cinema um mesmo público, o crítico Ronald F. Monteiro, cinemaniaco desde os 7 anos e hoje um dos profissionais mais respeitados na Guanabara, não viu no vídeo um << inimigo >>, mas sim um aliado: assim, passou a assinar há duas semanas, no Caderno B do << Jornal do Brasil >>, uma coluna onde indica ao telespectador quais os melhores filmes que a televisão apresenta. Faz com isto que o telespectador descubra na tv os clássicos que, lançados nas telas há 15 ou 10 anos, voltam agora em reedição dublada, mas que não deixa de valer para quem deseja conhecer muitas obras importantes do cinema. Dono de um dos maiores arquivos de cinema do Brasil, professor no curso de cinema mantido regularmente pela Cinemateca do MAM-GB, Ronald é um especialista em cinema italiano e foi para falar sobre neo-realismo que ele esteve em Curitiba no último fim de semana. E apesar da chuva e das férias quase uma centena de pessoas foi ouvir a sua objetiva explanação no Teatro do Paiol que antecedeu a projeção da "La Terra Terme". De Visconti - um de seus filmes prediletos. Carioca, 40 anos, casado, 2 filhos, Ronald divide seu dia entre as aulas na Cinemateca, assessoria de imprensa no Instituto do Açúcar e do Álcool e o preparo de colunas para o JB revista << Amiga >> e as publicações do INC, << Guia de filmes >> (do qual foi um dos idealizadores) e << Filmes/Culturas >> Estudioso do cinema em conjunto, sem fixar-se em ciclos ou gêneros, Ronald escreve sobre filmes há mais de 20 anos, tendo sido um dos primeiros colaboradores da heróica << Revista de Cultura Cinematográfica >>, editada até 1963 em Belo Horizonte.
Enviar novo comentário