Gente
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 12 de janeiro de 1973
Alceu Nascimento, recentemente eleito para a presidência do Aero Clube do Paraná com 68,7% dos votos, é decididamente um sujeito curioso. Isto a julgar pela sua emérita criação de cães << collies >> e << Pastor alemão >> (15 ao todo); seu gosto por carros velhos (já teve um fordão bigode, ostenta agora um jipão 42, sobra de guerra); sua versatilidade demonstrada na construção da própria casa, que ajudou como pedreiro amador. Mas o capitão Alceu Nascimento, da Polícia Militar, atualmente adido à Casa Militar do Palácio Iguaçu, exercendo a Chefia da Divisão de Vôo, tem ligados à sua vida fatos memoráveis: esteve em voga em 1963 quando, como radio-amador (PY51U), funcionou como ponte de comunicação entre as aeronaves e a Estação Central da Base Aérea de Santa Cruz, na luta contra as grandes queimadas que desvastavam o Paraná. Alceu Nascimento, casado com dona Erci Márcia, seis filhos, adora navegar o << Dominique >>, uma baleeira de 10 lugares, com a qual arrasta camarões e pesca em alto mar. Como piloto civil é visto em finais de semana comandando o PR-DEU, um biplace aircoup, que via de teimoso. Isso além de sua maestria em costeladas, regada de bom bate-papo. Desde menino aeromodelistas, há 20 anos, o capitão Alceu Nascimento freqüenta o Aero Clube do Paraná, onde já foi diretor Social em 71/72. Na polícia Militar desempenhou funções de relações públicas e já salvou muita gente. Como jornalista, Alceu Nascimento já escreveu sobre a visita de Eisenhower no Brasil, sobre o << Submarino Fantasma de Golfo Nuevo >>, na Argentina; << Desolação, Fome e Miséria >>, causadas pelo rompimento do açude de Orós, no Ceará, entre outras coisas.
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