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Aramis

Cinema

O Festival do Cinema Italiano (Teatro do Paiol) iniciou com a mostra de alguns exemplos dos chamados "telefones brancos". Melodramas mundanos, comédia fúteis de Mário Camerini ("Pequeno Mundo Antigo, "Eugênia Grande") - realizados entre 1941-44, dentro de gênero mussolinico, antes da explosão do Neo-Realista - a fase mais importante do cinema italiano - e cujos raros exemplares disponíveis em nosso País começarão a serem mostrados esta semana: "Humberto D", 1951, de Vitorio De Sicca, ( 20 horas de hoje); "La Terra Trema", 1948, do Visconti (amanhã e sábado, 20 horas); "Ladrões de Bicicletas", 1948 e "Milagre em Milão", 1951, de De Sicca (domingo, 20 e 22 horas). São imprecisas as origens neo-realistas, como acentuou o critico Paulo Perdigão. Oficialmente, foi Roberto Rossellini, com a colaboração de Fellini (foto) quem lançou o manifesto: "Roamridade Aberta" (dia 2, 20 horas). Mas "Osessione", de Visconti, antes de 1945, já era um filme neo-realista. E Humberto Bárbaro, a quem se atribui a expressão "neo-realismo, também em 43 referia-se a obras de Marcel Carné, embora consagradamente naturalista, como filmes neo-realistas". Infelizmente, "Ossessione" não pode ser apresentado, por não existir nem uma rica cópia (mesmo na Cinemateca), deste primeiro filme de Visconti. Mas, em compensação, a visão da trilogia "Humberto D", "Ladridi Bicicletti" e "Miracolo in MMIlano" mais "Le Terra Trema", permitirá ao espectador ter uma visão de momentos básicos do movimento. Assim, mesmo considerando a precariedade das cópias a serem apresentados, comparecer ao Paiol, nesta semana, é obrigação de todos que se interessam por cinema como algo mais do que simples diversão.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Nenhum
1
17/01/1973

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